sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A Natureza Também Enconta

Koala estava quase a adormecer quando lhe cheirou a queimado. Pensou, preocupada, que a savana estivesse a arder, mas depressa reparou que era só fumo. Bem, não era só fumo. Ou pelo menos não um fumo perdido. O fumo desenhava-se: eram bolinhas; bolinhas a passar entre bolinhas e, por fim, um coração. Estranhou. Rapidamente desceu do seu quarto para ver quem se andava a fingir de índio. Viu Eco. Ficou apreensiva mas pensou: "Não deve haver problema, com certeza já estão todos a dormir!". Foi até junto do leão. Ficaram horas deitados de barriga para o ar à conversa e na risota. Observavam as estrelas: procuravam constelações e criavam imagens ligando estrela a estrela como linhas imaginárias.
Quando se ia embora, Koala, abraçou Eco fortemente, desculpando-se: "Não podemos mais ser amigos!". O leão perguntou porquê. Lágrimas tristes caiam-lhe dos olhos. "Os meus pais dizem que os nossos reinos terão sempre um fundo de rivalidade, e dizem que não podemos mais estar juntos!", respondeu Koala, entre lágrimas. (Silêncio) "Então, estaremos juntos sem que saibam! Não podemos deixar que as rivalidades deles se sobreponham a nós. Eles já destruíram demasiado. Virei ter contigo todas as noites! Farei o mesmo sinal de hoje: sete bolinhas a passar umas entre as outras e, finalmente, um coração!", pronunciou-se Eco. Koala sorriu: "Combinado", acordou!

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